Noite adentro
Aguardei teu corpo
Tendo o som grave do silêncio
Retido na memória
Os dedos na pele escrevendo
A saudade que exalava por fora
Adormeci vazia
Li Barthes ao despertar (sem nós)
Imaginando que naquele instante,
No fim do túnel, haveria uma voz ...
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
sábado, 24 de fevereiro de 2007
pretensões
Para que eu esteja plena
Apenas venha
E me acenda...
Revele minhas senhas
Sob a renda
Me conceda
O fogo da sua pele
E queime na minha febre
Para que eu ainda arrisque
Apenas fique
Dissipe meus limites
Me excite
Com seus desejos em riste
Para que eu mereça
Apenas prometa
E adormeça no êxtase infinito
Onde mora minha libido
Quando você acorda comigo
Apenas venha
E me acenda...
Revele minhas senhas
Sob a renda
Me conceda
O fogo da sua pele
E queime na minha febre
Para que eu ainda arrisque
Apenas fique
Dissipe meus limites
Me excite
Com seus desejos em riste
Para que eu mereça
Apenas prometa
E adormeça no êxtase infinito
Onde mora minha libido
Quando você acorda comigo
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
(talvez) para uma quarta-feira em cinzas
(poema para o “amor” que dançou)
Recuperando o presente,
Percorro aqueles passados
Outros feriados sem fim
E todos os domingos
Que você roubou de mim
Recolho migalhas de carinho
Nos abraços que ainda sinto
Espalhados entre os nãos
Dos seus atalhos em meus vãos
Recuperando o presente,
Percorro aqueles passados
Outros feriados sem fim
E todos os domingos
Que você roubou de mim
Recolho migalhas de carinho
Nos abraços que ainda sinto
Espalhados entre os nãos
Dos seus atalhos em meus vãos
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
(im)paciência
Os dias parecem mais longos
Sem nossos encontros
As horas disparam saudades
Se sua ausência me invade
Porque o tempo não ameniza
O gosto que fica tão necessário
Quando seu desejo me consome
E os meses do meu calendário
Rimam sempre com seu nome
Sem nossos encontros
As horas disparam saudades
Se sua ausência me invade
Porque o tempo não ameniza
O gosto que fica tão necessário
Quando seu desejo me consome
E os meses do meu calendário
Rimam sempre com seu nome
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
enquanto falo
Enquanto a mão explora
A pele exposta
E contorna a forma firme
Que se mostra...
Enquanto a língua se enrola
Nos pêlos e faz o desenho da trilha
Que vai do umbigo à virilha
E é percorrida pelos dedos
Enquanto os lábios se molham
Na saliva que engulo
E misturo com o sêmen
Que me jorra por dentro
... Você lateja e me beija,
completo e saciado
enquanto guardo na boca
o gosto ainda ereto
do falo
A pele exposta
E contorna a forma firme
Que se mostra...
Enquanto a língua se enrola
Nos pêlos e faz o desenho da trilha
Que vai do umbigo à virilha
E é percorrida pelos dedos
Enquanto os lábios se molham
Na saliva que engulo
E misturo com o sêmen
Que me jorra por dentro
... Você lateja e me beija,
completo e saciado
enquanto guardo na boca
o gosto ainda ereto
do falo
domingo, 11 de fevereiro de 2007
degustação
Na saliva fica
O ácido da uva
De tanino doce...
Ainda precoce
Como vinho que nasce
E sai do carvalho mais cedo
Esperando-se à tarde:
Espumante prosecco
O ácido da uva
De tanino doce...
Ainda precoce
Como vinho que nasce
E sai do carvalho mais cedo
Esperando-se à tarde:
Espumante prosecco
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
R.S.V.P.
Visite meus versos
Sem hipocrisia
Sem máscaras
Sem disfarces
Sem roupa
Folheie minhas rimas
Sem fôlego e sem limite
Com as mãos explícitas...
Plenas de seus fetiches...
E atadas de formalidade
Mergulhe em meus enigmas poéticos
Meu eufemismo contumaz
E me leia nas entrelinhas (nos pêlos)
Onde a poesia se liquefaz
Sem hipocrisia
Sem máscaras
Sem disfarces
Sem roupa
Folheie minhas rimas
Sem fôlego e sem limite
Com as mãos explícitas...
Plenas de seus fetiches...
E atadas de formalidade
Mergulhe em meus enigmas poéticos
Meu eufemismo contumaz
E me leia nas entrelinhas (nos pêlos)
Onde a poesia se liquefaz
sábado, 3 de fevereiro de 2007
poética
É no encanto do verso
Que minha vontade vibra
latejando entre os gestos
Por entre as pernas... na rima
É nas figuras da poesia
que jorram meus sentidos
...metaforizando fantasias
no rascunho dos meus escritos
É no verbo do texto alheio
Que releio meus vernáculos receios
E deixo meus desejos pelo meio.
Que minha vontade vibra
latejando entre os gestos
Por entre as pernas... na rima
É nas figuras da poesia
que jorram meus sentidos
...metaforizando fantasias
no rascunho dos meus escritos
É no verbo do texto alheio
Que releio meus vernáculos receios
E deixo meus desejos pelo meio.
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